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Maturidade profissional


A atualização profissional com a obtenção de títulos, especializações é absolutamente necessária, o mercado torna-se cada vez mais exigente e a concorrência cada vez mais acirrada.


Empresas incentivam que seus profissionais estejam tecnicamente mais preparados, inclusive estimulando uma concorrência interna e entre eles.


Cada dia são mais frequentes reuniões intermináveis e improdutivas, sob o pretexto de estimular competições corporativas para alavancar negócios, mas veladamente alimentam egos e vaidades.


Estímulos são necessários, eles tiram o profissional da zona de conforto, mas até que ponto ele deve ser fomentados?


Algumas corporações acreditam que essas competições trazem como resultado final novos negócios, superação de metas, crescimento, mas não é só isso.


Estimular competições internas realmente gera resultados?


Pois bem, benefícios existem pelo fato de que o profissional sempre estará engajado em superar suas metas e seus colegas, mas qual é a consistência de negócios fundamentados nessas bases?


Já foi comprovado que negócios realizados pura e simplesmente para atingir uma meta agressiva são contemplados com resultados positivos a curto prazo, porém, os ganhos iniciais, são pulverizados com prejuízos a longo prazo, justamente porque foram construídos com estratégias frágeis visando meramente obter um resultado inicial.


Quando os resultados negativos passam a ser contabilizados, novas estratégias agressivas voltam a ser impostas objetivando a recuperação dos prejuízos e o círculo vicioso passa a reger o direcionamento do negócio.


Com novas exigências, o comportamento dos profissionais envolvidos passa a refletir diretamente no negócio.


O profissional preparado tecnicamente, mas sem maturidade profissional, inicialmente participa desse período de incerteza, com a esperança que tudo será revertido com novas estratégias (cada vez mais agressivas), essa agressividade também passa a permear o ambiente interno e equipes antes coesas começam a rivalizar.


Profissionais sem muita vivência empresarial, ao primeiro sinal de dificuldade, tendem a abandonar a empresa e, quando não participam da curva ascendente de turnover, ficam mais vulneráveis às pressões cotidianas e reagem paulatinamente com comportamento tóxico, contaminando o ambiente e a equipe.


É fundamental que as corporações tenham jovens profissionais tecnicamente preparados, pois possuem o frescor de idéias agregadoras, todavia esse quadro de colaboradores tem que ser mesclado com profissionais com vivência e, sobretudo, maturidade profissional.


Ambientes tóxicos e círculos viciosos podem ser minimizados, ou evitados, se houver pessoas que tenham experiência profissional, pois são de uma geração que sobreviveu a crises sem saltar de empregos na primeira dificuldade, sabem como lidar e cortar a onda de discórdia gerada por competições resultantes de egos feridos ou inseguranças.


Pessoas dotadas de maturidade profissional não buscam a redescoberta da roda, elas querem descobrir como mantê-la funcionando, mesmo que a estrada esteja cheia de pedras e o caminho seja longo.


Embora possam ser um pouco mais conservadores, são esses profissionais que sopesam decisões que “prometem resolver imediatamente todos os problemas”, pois o importante não é tão somente o resultado imediato e sim construir ou manter bases sólidas para o futuro.


Em tempos de crise, cada vez mais há busca da economia, corporações contratam “títulos” e dispensam “experiência”, mas esquecem que não se constrói solidez apenas pautada em títulos, é necessário know-how para sobreviver.


Uma das melhores definições que li a respeito de ter maturidade profissional foi de Henrique Veloso, especialista em gestão de pessoas que dizia :


Ser maduro profissionalmente permite saber lidar com as diferenças entre os indivíduos, saber se comunicar melhor, ou seja, dar e receber feedbacks sobre o trabalho, trabalhar em equipe, reconhecer falhas e aprender com elas. A maturidade também colabora para encarar situações desconhecidas e de pressão, permitindo lidar melhor com o estresse ocupacional”


Conhecimento e experiência se completam, países e empresas que reconhecem isso hoje são potências e possuem independência econômica e financeira.


E fica aqui a reflexão, estamos aptos a lidar com diferenças profissionais de forma positiva e agregadora?


Diante de tudo isso, há posturas que realmente importam, faça o seu melhor e quando tiver que traçar estratégias conjuntas pense no resultado futuro, respeite as pessoas, mesmo que discorde de suas opiniões, sempre ofereça o seu melhor e nunca se esqueça que o mundo corporativo é uma caixinha pequena, hoje você toma decisões precipitadas ou cria desafetos, amanhã você pode responder pelos seus atos de forma direta ou indireta.


Enfim, espero que o artigo tenha contribuído de alguma forma, caso tenha gostado, te convido a compartilhar para que mais pessoas tenham acesso a ele.


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