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Você é inteiro ou pela metade? A transformação do networking em troca verdadeira.


Quantas vezes você se pegou fazendo algo no “piloto automático”? Uma reunião de família no domingo e vem aquele pensamento rápido de que às 9:00 horas da segunda haverá um conference importante e que você tem que preparar algum relatório?


No trânsito, o rádio é apenas um ruído distante e você pensa que poderia ter feito isso ou aquilo durante a semana.


E você continua nutrindo aquela vontade de fazer uma viagem para Tailândia, praticar um esporte, aprender um novo idioma, fazer outra especialização, mas pensando bem, os planos ficam para o ano que vem.


Os anos passam e você percebe que nenhuma (ou apenas parte) dessas metas pessoais foram cumpridas, e aquele desejo vai se transformando em um vago pensamento.



E qual o problema disso? Eu diria..... nenhum, mas intimamente isso incomoda?

Se a resposta foi sim, já pensou em fazer algo para mudar?


Essa semana recebi a notícia do falecimento de um jovem colega, no auge de seus 44 anos, um advogado atuante, escritor, professor, com um histórico profissional impecável, que me trouxe várias reflexões.


Por alguns anos trabalhamos no departamento jurídico de uma grande instituição financeira, mas nunca tivemos muito tempo para nos aprofundar em conversas pessoais, o dia que falamos sobre nossas vidas pude perceber sua imensa vontade concretizar planos.


Pois bem, tomamos rumos diferentes, ele assumiu a função de diretor jurídico em uma operadora de saúde e eu fui trabalhar em uma outra empresa, assumindo cumulativamente a docência em uma Universidade.


Depois disso, o tempo, a vida, o trabalho nos distanciou.


Quando recebi a notícia de seu passamento, um sinal de alerta tocou, um sentimento de fazer algo para não me perder da minha história, de mim mesma e de pessoas.


Lembro de algo que outro amigo disse sobre entrega, quando estiver no trabalho, esteja lá por inteiro, quando estiver com a família, que esse momento seja voltado somente para ela, quando estudar, tenha somente isso em seus pensamentos e, principalmente, quando construir laços de amizade, faça o melhor para que não desatem.


Quando a entrega é parcial realizamos coisas pela metade, nos perdemos de nós mesmos e dos outros.


Essa reflexão tem servido para lembrar que antes de sermos bons profissionais, precisamos ser bons como pessoas.


Pois bem, meu amigo se foi, não teve tempo de realizar todos seus sonhos pois estava


inteiramente dedicado a carreira, por minha vez, também perdi a oportunidade de manter a boa amizade porque estava inteira em algumas questões e pela metade em outras, não havendo mais segunda chance para resgatar o que poderia ter sido diferente.



Que a gente encontre o caminho para transformar puro networking em boas amizades, regadas por trocas verdadeiras.


Que a rotina nunca faça com que percamos nossa essência, não apague nosso brilho nos olhos e que a gente seja sempre lembre daqueles que contribuíram positivamente (ou não) para nos tornar melhores.


Que seja dado o primeiro passo para realizar a viagem para Tailândia, iniciar o novo curso, a prática do novo esporte ou, que se inicie a lição do novo idioma, mas se nada disso for possível hoje, que pelo menos seja dado aquele telefonema (adiado tantas vezes) para alguém... e quando isso acontecer, esteja por inteiro e faça disso um hábito.

Até logo, preciso dar um telefonema....


Teresa Cristina Sant'Anna


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